“A força da amizade. Este é o mote do nosso trabalho e é o ponto de partida da criação, do encontro de valores e afinidades. Começamos sem forma, trabalhamos com liberdade e sem uma preocupação formal. Pensamos em todos os seres e todas as matérias que cabiam no nosso encontro e aos poucos fomos depurando, encontramos caminhos e conexões, por vezes, difíceis de explicar”, explica Vera sobre o processo criativo da exposição.
Assim, produzimos caixas em madeira freijó para simbolizar os valores de força e energia da natureza: terra/fogo com cores, pedras, metais e tecidos que trouxessem esse significado; linha da energia das águas, com palha, pérolas, troncos e símbolos que remetessem às águas.
Na área do design de joias, desenvolvemos imagens femininas, adornadas com as caixas, pedrarias e adereços. Criamos, ainda, colares de malha de prata trançada com banho de ouro, cristal e contas de prata.
“A intensidade deste processo, o seu poder transformador, o potencial de um trabalho que surgiu devagar em meio a risadas e conversas de duas amigas que se conhecem e dividem experiências de vida há trinta anos. Juntas, descobrimos que nosso trabalho tem um viés místico, uma multiplicidade da vida, das nossas origens, da forte presença da natureza, das nossas referências étnicas. Estes elementos tomam forma, se conciliam esteticamente e trazem uma satisfação imensa para nós duas”, finaliza.
Patronas II
O sucesso dessa parceria foi tanto que, no ano seguinte, fizemos a Patronas II, batizada de “Entremeios”. Desta vez, pesquisamos as marcas da terra, suas cores neutras, o chão, fissuras, desgastes e reúso.
O resultado foram panôs de parede em linho, fixados com varão de ferro artístico; joias de chifre e osso (material de reúso) com diamantes, cristal, prata e banho de ouro; e tecidos de linho e malha de algodão, tingidos e bordados manualmente.
Confira como foi a abertura da exposição “Patronas”, de 2017: https://marianaporto.com.br/eventos/chairs-chandellier-design/