
Lygia Pape, nasceu em Nova Friburgo, RJ no ano de 1927. Potente artista, gravadora, escultora, pintora, cineasta e professora.
Artista de grande importância para o cenário da arte contemporânea no Brasil. No seu trabalho plástico, pesquisou a questão do abstracionismo geográfico. Aproxima se do concretismo e integra o grupo Frente. No ano de 1959, junto com os precursores do Manifesto Neoconcreto, os artistas Ferreira Gullar, Hélio Oiticica, Lygia Clarke, Reynaldo Jardim e Franz Weissmann, publicam no Jornal do Brasil (ano de 1960) o Manifesto Neoconcreto, que procurava abrir novos caminhos na arte, não sendo apenas um objeto, mas buscando sensibilidade, subjetividade e expressão, indo além da geometria pura. Questionavam os posicionamentos cientificistas e positivistas na arte. o artista não mais visto como um executor/inventor de protótipos indústrias e a incorporação efetiva do observador, ativo e participante dos processos e experimentações.
Junto com o artista e poeta Reynaldo Jardim, concebe o ballet Neoconcreto I, apresentado no Teatro Copacabana. Dois anos mais tarde participa da Kokrete Kunst (Exposição Internacional de Arte Concreta, em Zurique, Suíça). Participa de Bienais, a mostra “Modernidade”em Paris e destaca se dentro do design nacional, desenvolvendo identidade visual a de arte para algumas marcas, como a do biscoito Piraquê. Trazendo a principal característica, a repetição dos elementos gráficos, tornando se nacionalmente conhecida.

Inicia a trilogia de livros de artista, composta por Livro de Criação, Livro de Arquitetura e Livro do Tempo. Trabalha com roteiro, montagem e direção cinematográficas, fazendo a programação visual de filmes do cinema novo.
Produz esculturas em madeira, realizando o Livro – Poema, composto de xilogravuras e poemas. Realiza o curta – metragem Guarda Chuva Vermelho, sobre o artista gravador Oswald Goeldi (1895 – 1961).
Lygia Pape, artista que traz em suas obras, a liberdade em experimentar e manipular diversas linguagens, formas e por incorporar o espectador como agente desse processo.


Obra: Divisor, também classificada por Lygia Pape como “escultura social”
Essa obra, Divisor, a performance foi realizada pela primeira vez no Rio de Janeiro na década de 70. No final da rua de Lygia Pape, que vera sem saída, havia um córrego e logo traz uma pequena comunidade, o tecido branco foi exposto no chão, as crianças locais, começaram a brincar sobre ele, até que uma delas enfiou a cabeça num buraco, todas as outras repetiram a mesma ação.
As imagens acima são da última performance Divisor, realizada nos anos 2000, entre o Met Breuer e o Metropolitan Museum of Art.
Foram 60 pessoas, entre elas, estudantes, professores, pessoas ligadas a arte e cidadão comum, andaram oito quadras dentro do tecido branco de 30 metros por 30 metros. Na experiência, todos tornam se um só, sendo levados e amparados pelo coletivo.



Obra: ?

Galeria Lygia Pape, em Inhotim.

Obra: Ttéia (ano de 1977) imagem acima, exposta no espaço Lygia Pape, em Inhotim. Fios dourados de metal e nylon, dispostos no sentido vertical e perpendicular, iluminados por focos de luz.



Obra: Livro de criação.